Esta grande fusão entre concorrentes, que deverá proporcionar uma oferta única no mundo, tem como pano de fundo uma explosão no custo dos direitos de transmissão de eventos desportivos.
Eles sonham em torná-lo uma espécie de Netflix do esporte. Os concorrentes ESPN, Fox e Warner Bros. A Discovery anunciou que uniria forças na terça-feira, 6 de fevereiro, para lançar uma nova plataforma de streaming de eventos esportivos no outono de 2024.
Para concretizar esta nova oferta, que só estará disponível nos Estados Unidos, os três grupos de comunicação social concordaram em criar uma empresa conjunta, na qual cada sócio deterá um terço do capital, segundo um comunicado conjunto.
Com efeito, as três empresas controlam, ao reuni-las, grande parte dos direitos dos principais campeonatos americanos, bem como da Fórmula 1, do Campeonato do Mundo de Futebol, de três dos quatro principais torneios de tênis e até do circuito profissional de tênis. Golfe PGA.
Nenhum serviço de vídeo sob demanda no mundo hoje oferece um produto equivalente ou mesmo próximo. A divisão dos direitos desportivos entre várias plataformas obrigou até agora os adeptos do desporto nos Estados Unidos a subscreverem mais do que uma subscrição.
Além disso, a ESPN, subsidiária da Disney e número um mundial no desporto, recusou-se até agora a transmitir os seus eventos mais importantes na sua plataforma dedicada ESPN+, para não entrar em concorrência directa com a televisão por cabo, que ainda lhe proporciona importantes renda. A concorrência entre plataformas foi mesmo reforçada pelo aparecimento de novos intervenientes interessados nos direitos desportivos.
Golpe duro para a Paramount
A aliança anunciada terça-feira, que ainda deve ser aprovada pelas autoridades reguladoras americanas, constitui um desprezo para aqueles que não farão parte dela, em particular Amazon, Apple, Comcast (Peacock) mas também Paramount Global, que transmite futebol americano (NFL ), golfe ou basquete universitário. Este é mais um duro golpe para a Paramount, já considerada a menor das grandes mídias televisivas dos Estados Unidos, muitas das quais acreditam que terá que contar com um parceiro para permanecer na corrida.
“O lançamento deste novo serviço de streaming desportivo é um momento significativo para a Disney e a ESPN, um grande sucesso para os fãs de desporto e um importante passo em frente para a indústria dos media”, comentou o CEO da Disney, Bob Iger, citado no comunicado de imprensa.
A perspectiva desta plataforma única poderia, em última análise, conceder ao trio ESPN, Fox e Warner Bros. Discovery maior poder de negociação face aos campeonatos desportivos, cujos direitos dispararam nos últimos anos.